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O que é o verso?

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São Paulo, SP, Brazil
Artista, pesquisadora e educadora, mestre em Artes Visuais (FASM-SP), bacharel em Artes Plásticas (FAAP-SP), com Licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas, e pós-graduação em Genética (USP-RP). Trabalhou com produção cultural na Casa das Rosas sob direção de José Roberto Aguilar. Desenvolveu e coordenou o projeto social-pedagógico Livro Aberto junto aos grafiteiros do Projeto Escola Aprendiz. Foi residente na Cité Internationale des Arts, em Paris (bolsista pela FAAP). Participou do The Maumaus Independent Study Programme Lisbon at the 29th São Paulo Biennial. Integra o Grupo de Pesquisa Arte & Meios Tecnológicos (CNPq/FASM) e o Grupo de Pesquisa em Processos de Criação (CNPq/PUCSP). Participou de exposições no Brasil e no exterior. Investiga as relações entre corpo, espaço e alteridade dentro de uma concepção social e biológica. Realiza instalações audiovisuais, ações coletivas e intervenções urbanas nas quais propõe situações de encontro e de troca com o espaço e com a alteridade. Utiliza meios variados, dentre eles a imagem digital e recursos eletrônicos.

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

02/02/2011 Saudade de casa


Quando olho para o céu..., para este céu forrado de estrelas, me dá uma saudade de casa...

29/01/2011 Assim ou assado


No principio de tudo não existia dentro e não existia fora. Tudo era tudo.

Aí se fez a diferença e com ela a escolha. O tudo ficou um tanto assim e um tanto assado. Estar dentro do assim tornou-se estar fora do assado e vice e versa. Ao estar dentro do assim, bem dentro do assim, tão no meio do assim, não deu mais pra se enxergar o assado de tão longe que o assado ficou. Então pareceu que o assim devia ser o tudo certo e que o assado um todo errado. Muito errado e perigoso e duvidoso e misterioso. Para o tudo assado, no meio do assado, era a mesma coisa, ou melhor, era o contrário. Mas, de dentro do assim, perto do assado (ou de dentro do assado, perto do assim) as coisas eram um pouco diferentes, pareciam mais interessantes, estimulantes, havia mais escolha, mais variação, mais vontade de movimento, mais troca, mais tensão, mais tesão. Alguns do meio do assim (ou do meio do assado) foram dar uma volta, ainda dentro do assim (ou do assado), mas mais perto do assado (ou do assado) e ficaram na dúvida. Outros até experimentaram o assado (ou assim) e gostaram (ou não). O fato é que pra complicar (ou colorir) surgiu a dúvida: Pra que essa coisa do tudo certo e do tudo errado? Muito melhor era poder ter/ser/estar um pouco assim e um pouco assado, mais assim ou mais assado. Variar, intercalar, passear, experimentar o dentro e o fora, o longe e o perto, o entre, o sobre. Poder viver a experiência de tomar chuva, ver e ouvir a chuva sem se molhar, ou ouvir falar da chuva lá do meio do longe do assado. Ah, mas lá do meio do assim, tudo parecia tão diferente! E depois, esse assado, tudo bem. Mas..., aquele outro... Nem pensar! Xi..., será? Esta história já ficou confusa. O estar dentro e o estar fora, o estar no meio do meio ou entre o dentro e o fora, tudo isso tem um princípio, um fim, um entre, mas... Deu nó na minha cabeça.
Pra começar, é até redundante (ou contraditório) perguntar: Será que houve um princípio, que existe um meio que pressupõe um fim? Se houve um Big Bang, ele foi mesmo o princípio de tudo, ele foi único inicial autônomo e universal? Será? E se o que existe é o que existe, multiplamente, simultaneamente, uma profusão de layers em todas as direções dentro do sempre? Zilhões de filamentos como linhas de construção ou fibras de estruturação orgânicas e mutáveis com começo, meio e fim dentro de um caldo de vida sem formas e sem limites? Não seríamos pedacinhos lineares de consciências? Traços, filamentos ou fibras de um universo constituído de supercordas? Fragmentos de estruturas complexas, variáveis, mutantes? Pequenas temporalidades finitas e lineares de seqüências de vida mergulhadas neste caldo sem forma definida, sem limites, sem dentro sem fora, sem longe sem perto, onde tudo é tudo mesmo? O que são estas supercordas? E se essa crença de que tudo deva ter um começo, um meio e um fim, como nossas vidinhas na sua experiência direta é linear e finita, que caminhamos para o apocalipse for uma interpretação limitada, fragmentada, quando de fato tudo estaria dentro e fora, longe e perto ao mesmo tempo, quando estas seriam apenas relações circunstancias de uma realidade atemporal (ou multitemporal), impermanente de eternas renovações e recombinações de situações de vida?

Melhor voltar para o assim e o assado, passear pelas margens entre o assim e o assado, degustar as possibilidades do assim e do assado, ir dar um mergulho neste mar lindo assim e infinito (pra mim) assado, olhar dentro dos olhos de um céu azul, de um sol brilhante, de uma areia branca e experimentar tudo isso em direto no corpo a corpo, assim e assado, esfriar um pouco a cabeça..., e curtir a vidinha linear e plural antes que ela se acabe e que este capítulo seja encerrado no meio dessa possível sopa sem fim.


Vai saber...? Pensar demais pode não fazer bem!